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Simpósio de Comunicações
(Duração 1h45)

Sábado, 9 de novembro de 2019

Simpósio de comunicações A - Educação Pré-escolar e 1.º CEB

 

Moderadora: Helena Amaral

CO1 - Polígonos e poliedros: emergência de relações

Joana Conceição e Margarida Rodrigues, Instituto de Educação, Universidade de Lisboa

Assumindo a importância de trabalhar de forma integrada a bidimensionalidade e a tridimensionalidade, nesta comunicação, temos como objetivo discutir diferentes estratégias utilizadas pelos alunos para relacionar polígonos com as faces de poliedros.

Para isso, analisamos as estratégias utilizadas por alunos do 1.º ano do Ensino Básico numa tarefa onde tinham de escolher os polígonos correspondentes às faces de seis poliedros (pirâmides e prismas) e, de seguida, desenhar esses polígonos junto à representação 2D dos sólidos. Os resultados mostram que os alunos tendem a sobrepor os polígonos às faces para fazer essa correspondência, algumas vezes de forma iterada e outras recorrendo à contagem para determinar o número de polígonos iguais necessários. No registo, muitos alunos desenham os polígonos de forma isolada, mas outros mostram o estabelecimento de relações entre os polígonos, ao desenhar planificações do sólido, sem que este aspeto tenha sido trabalhado. Em alguns casos, este registo mostra que os alunos estabelecem uma relação entre as duas bases dos prismas ao desenhar as duas em quase sobreposição. Relativamente às dificuldades dos alunos, em alguns casos verificámos que os alunos não consideram a base do sólido na sua análise ou que ocorrem erros de contagem. A relação entre o polígono da base e o número de faces laterais não é ainda um aspeto muito evidente. 

 

CO2 - Padrões em contexto: álgebra entre as mãos de uma criança

Ana Raquel Nunes e Dárida Fernandes, Instituto Politécnico do Porto, Escola Superior de Educação

O quotidiano de Vila Nova de Gaia e do Porto tornaram-se num contexto inspirador para implementar propostas educativas contextualizadas para crianças do 2.º e 4.º anos de escolaridade e investigar algumas propostas na Educação de Infância.

Os padrões serviram de base à criação de uma trajetória de aprendizagem matemática, numa sequência didática com sentido para crianças. Deste modo, procurou-se divulgar, por um lado, a beleza do património cultural e arquitetónico existente na região, numa perspetiva holística do conhecimento e do mundo que rodeia a criança, numa ligação inter e transdisciplinar a outras áreas curriculares, designadamente, ao Estudo do Meio e ao Português e, por outro lado, articular os momentos em que a matemática e os padrões emergiam de forma espontânea no quotidiano de uma criança em creche.

O tema em estudo situou-se na Álgebra em contexto, onde se procurou desenvolver a capacidade de olhar/observar da criança, reconhecendo que, muitas das vezes, a melhor lente da nossa vida, os nossos olhos, não é utilizada da melhor forma, isto é, foca-se em visões gerais que não são aprofundadas ao longo das aprendizagens que efetuamos na vida escolar.

É esta essencialidade da comunicação: partilhar de forma reflexiva a pesquisa realizada, baseada na utilização e na conceção/criação de elementos para construir frisos e padrões, quer os que abrilhantam as cidades sobranceiras do rio Douro, quer os que se encontram em plena sala de atividades.

CO3 - Uma experiência de ensino sobre área e perímetro com recurso a Pentaminós e ao Geoplano

Mónica Francês e Ana Caseiro, Instituto Politécnico de Lisboa, Escola Superior de Educação

Um olhar mais atento às salas de aulas e aos alunos que as frequentam permite-nos identificar uma multiplicidade de dificuldades e erros desses alunos. Muitos são os autores que se dedicam ao estudo da compreensão de alguns desses erros e dificuldades, sobretudo respeitantes a conceitos matemáticos, como, por exemplo, os conceitos de área e perímetro. A existência dessas dificuldades exige, por parte do professor, um olhar atento e crítico e uma capacidade de intervenção muito determinada. É assim expectável que o professor procure recursos adequados e facilitadores da aprendizagem desses conceitos por parte dos alunos.

Perante este contexto emergiu a necessidade de estudar a aprendizagem dos conceitos de área e de perímetro com recurso a materiais manipuláveis por alunos do 2.º ano de escolaridade. Esse trabalho teve como objetivos: (i) identificar os conhecimentos dos alunos sobre as grandezas de comprimento e área; e, (ii) analisar de que forma os alunos se apropriam dos conceitos de perímetro e área. Para o efeito, recorreu-se a uma metodologia de natureza qualitativa, privilegiando a interpretação dos registos efetuados pelos alunos ao longo de uma sequência de tarefas com recurso a Pentaminós e ao Geoplano.

Os resultados do estudo permitem destacar que os alunos, através da experiência de ensino realizada, apresentaram uma evolução no que diz respeito à compreensão dos conceitos de área e perímetro.

 

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