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Conferências Plenárias

Sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Estruturação espacial e visualização - elos entre a matemática e as artes visuais

Cristina Loureiro, Instituto Politécnico de Lisboa, Escola Superior de Educação 

 

Nível de escolaridade: Geral

Afirmar que os conceitos matemáticos são abstratos e que o concreto tem um papel importante na aprendizagem da matemática é um lugar comum. Porém, vale a pena encarar e refletir sobre a ligação entre concreto e abstrato à luz de alguns conceitos de raciocínio matemático.

Visualização, conceito amplamente difundido no âmbito da aprendizagem, teremos todos noção da sua abrangência? E estruturação espacial, entenderemos todos o mesmo sobre este conceito ligado ao desenvolvimento do raciocínio espacial? Valorizamo-lo devidamente para a aprendizagem da geometria? Que ligações estabelecemos entre estruturação espacial e visualização?

Nesta conferência procurarei responder a estas questões com base na compreensão das ideias teóricas que sustentam os dois conceitos e em exemplos de situações experimentadas em contextos de aprendizagem com crianças pequenas, no âmbito de um projeto de investigação focado na educação matemática e na educação artística visual. Estas situações ajudam a consolidar um elo didático significativo entre a matemática e as artes visuais.

Por agora, como elemento de reflexão, deixo uma ideia sobre a natureza dos objetos matemáticos e dos objetos artísticos visuais. O percurso de construção dos primeiros segue o sentido do concreto para o abstrato. Porém, nas artes visuais, o caminho é de certo modo inverso pois há todo um conjunto de experiências internas que se expressam por representações externas, com representação física concreta. Em quem medida estes sentidos inversos de construção poderão ser úteis e produtivos para uma aprendizagem interdisciplinar? Que valor poderá ter o conhecimento destas ligações para uma aprendizagem mais sólida e significativa da geometria e também de outros temas matemáticos?

Sábado, 9 de novembro de 2019

Rodadas numéricas e esforço produtivo: dando às crianças um bom começo

Katia Stocco Smole, Mathema formação e pesquisa – SP- Brasil

Nível de escolaridade: Geral

Todos que ensinamos matemática desejamos profundamente que os alunos se envolvam com problemas matemáticos, se envolvam em buscar estratégias para enfrentá-los e encantem por vencer desafios. Da mesma forma, desejamos que os alunos sintam que podem aprender matemática e que desenvolvam altas habilidades de pensamento. Entretanto, entre o desejo e a realidade por vezes há uma distância a ser vencida.

Tecnologias, jogos, metodologias ativas entre tantas outras possibilidades permeiam as tentativas de superar os obstáculos relacionados ao ensino e à aprendizagem de matemática. Nesta conferência, pretendemos analisar uma estratégia que temos utilizado de envolver os alunos produtivamente em pensar matemática usando para isso, a própria matemática e rodas de conversa nas quais os alunos atuam investigando possibilidades, dialogando a respeito de soluções, refletindo sobre erros. O cenário escolhido para analisar os resultados obtidos com as rodas de conversa para desenvolver o sentido de esforço produtivo foram os números naturais e as operações, mas o foco está em dialogar com os participantes acerca de como os quinze primeiros minutos de uma aula de matemática podem favorecer um bom começo matemático aos alunos.

 

Conferências Paralelas

Sábado, 9 de novembro de 2019

Álgebra nos primeiros anos?!? Sim!

Ana Barbosa, Instituto Politécnico de Viana do Castelo, Escola Superior de Educação

Nível de escolaridade: Pré-escolar e 1.º CEB

Há orientações claras, expressas em documentos curriculares e também emergentes da literatura, que defendem o desenvolvimento do pensamento algébrico nos primeiros anos de escolaridade. As crianças que frequentam a Educação Pré-escolar e o 1.º Ciclo do Ensino Básico (CEB) devem ter experiências ricas no âmbito da generalização de relações, seja ela próxima ou distante. Apesar de nos documentos curriculares nacionais para o Pré-escolar e para o 1.º CEB a Álgebra não constituir uma componente/domínio em destaque, percebe-se que tem um papel preponderante nestes níveis de ensino através do estudo de padrões.

Nesta conferência pretende-se evidenciar oportunidades para o desenvolvimento do pensamento algébrico nos primeiros anos, privilegiando a exploração de padrões. Será dada especial atenção aos padrões de natureza visual (ou figurativa) destacando o seu potencial, mas também alguns aspetos mais desafiantes que o professor deverá ter em consideração.

Projeto Eco-Sensors4Health: Utilização de eco-sensores no desenvolvimento da literacia tecnológica, ambiental, matemática e em saúde

Maria João Silva e Margarida Rodrigues, Instituto Politécnico de Lisboa, Escola Superior de Educação 

 

Nível de escolaridade: 1.º e 2.º CEB

O projeto Eco-sensors4Health Project centra-se na utilização pelas crianças de sensores eletrónicos, para explorar e resolver problemas de saúde ambiental das escolas. As atividades de exploração e resolução de problemas de saúde ambiental podem ser realizadas pelas crianças nas escolas de 1º e do 2º ciclo do ensino básico (CEB), sendo o Eco-Sensors4Health Toolkit usado como guia, pelos/as docentes. Estas atividades incluem: tarefas de exploração sensorial; aquisição, organização e interpretação de dados e tomada de decisão para melhorar a saúde ambiental das escolas.

Os dados de saúde ambiental são adquiridos pelas crianças com sensores, ligados a telemóveis ou a tablets, e geridos numa plataforma colaborativa que permite a introdução, pesquisa e visualização dos dados das escolas.

Na grande maioria dos estudos de caso, desenvolvidos em escolas do 1º CEB de Lisboa, as docentes escolheram a poluição sonora como o problema a explorar e resolver, o que confirmou a relevância do mesmo nas escolas do 1º CEB. Os resultados obtidos indicaram que o uso de sensores pelas crianças na resolução de problemas, tornou possível que as crianças criassem conhecimento situado e o aplicassem na resolução de um problema que era criado, em grande parte, pelas suas próprias atividades. As atividades desenvolvidas no 2º CEB também foram maioritariamente centradas na poluição sonora, por opção das/os docentes, e também resultaram na criação de conhecimento e na resolução de problemas reais.

(Duração 1h)
Conferências
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